2 de agosto de 2011

Processadores magnéticos atingirão limite físico da eficiência

Processadores magnéticos atingirão limite físico da eficiência

Computadores nanomagnéticos usarão minúsculos ímãs em barra para armazenar e processar informações. As interações entre os campos magnéticos norte-sul polarizados de ímãs muito próximos permitem operações lógicas como as feitas por transistores convencionais.[Imagem: Jeffrey Bokor Lab]

Processadores magnéticos poderão usar milhões de vezes menos energia do que os chips de silício de hoje.

Em teoria, os microprocessadores magnéticos poderão consumir a menor quantidade de energia permitida pelas leis da física.

É o que garantem pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.

Processadores magnéticos

Os microprocessadores de hoje, baseados em silício, usam correntes elétricas, ou elétrons em movimento, que liberam uma grande quantidade de calor, ou energia desperdiçada.

Mas microprocessadores que empreguem barras magnéticas de tamanho nanométrico para a memória, a lógica e as operações de chaveamento, teoricamente não necessitariam de elétrons em movimento.

Esses chips dissipariam apenas 18 milielétron-volts de energia por operação a temperatura ambiente, o mínimo permitido pela chamada Segunda Lei da Termodinâmica.

Esse mínimo também é chamado de limite de Landauer e representa 1 milhão de vezes menos energia por operação do que o consumido pelos computadores de hoje.

Computação com ímãs

"Hoje, os computadores consomem eletricidade. Movendo elétrons ao redor de um circuito, você pode processar informação," começa Brian Lambson, um dos autores do novo estudo.

"Um computador magnético, por outro lado, não envolve nenhum elétron em movimento. Você armazena e processa informações utilizando ímãs, e se você construir estes ímãs suficientemente pequenos, você pode basicamente colocá-los tão próximos entre si que eles interagirão uns com os outros. É assim que se poderá fazer cálculos, ter memória e realizar todas as funções de um computador," prossegue ele.

Lambson está trabalhando para desenvolver esses computadores magnéticos com Jeffrey Bokor e David Carlton.

"Em princípio, pode-se, penso eu, construir circuitos reais que funcionem exatamente no limite de Landauer," afirma Bokor. "Mesmo se pudéssemos começar dentro de uma ordem de grandeza, um fator de 10, do limite de Landauer, isso representaria uma enorme redução no consumo de energia para a eletrônica. Seria absolutamente revolucionário."

Fonte:Site Inovação Técnologica

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