22 de maio de 2010

Paquistão reconhece "sofrimento" causado com proibição de sites, mas não volta atrás

O Paquistão reconheceu o "sofrimento" causado pela proibição dos sites Facebook e YouTube, mas disse que só vai considerar voltar atrás na decisão se forem removidas páginas consideradas ofensivas ao Islã, informou nesta sexta-feira o Ministério de Tecnologia.
Malik disse que o governo não teve outra opção se não fechar o Facebook na quarta-feira após uma ordem judicial. "Nós sabemos que algumas pessoas estão sofrendo por causa do bloqueio, mas temos que obedecer a ordem judicial", disse Malik.
O governo pediu que ambos os sites bloqueiem as páginas ofensivas e esperava uma resposta rápida, disse Najibullah Malik, do Ministério. A rede social Facebook disse que pode haver uma solução, mas não especificou se o site --ou o governo do Paquistão-- deveria restringir o acesso ao conteúdo.
Outros sites foram atingidos no país quando autoridades tentaram bloquear conteúdos ligados a uma página do Facebook chamada "Dia de todos desenharem Maomé!", que encoraja os usuários a publicarem imagens do profeta Maomé, supostamente em apoio à liberdade de expressão. A maioria dos muçulmanos considera ofensiva qualquer representação gráfica de Maomé.
Na quinta-feira, a desenhista americana Molly Norris, cujo trabalhou inspirou o concurso, pediu o fim da iniciativa e "desculpas" aos muçulmanos.
O site de língua inglesa Wikipedia e o site de compartilhamento de fotos Flickr também ficaram indisponíveis em alguns momentos nesta sexta-feira.
Folha Online

Nenhum comentário: